terça-feira, 27 de outubro de 2009
Fluminense e as suas Sedes
Agora vou tentar falar sobre algo que pouquissímos torcedores sabem. A história das nossas sedes anteriores e a nossa atual. Como todo torcedor apaixonado pelo nosso Fluminense, a nossa atual sede se localiza na Rua Alvaro Chaves Nº 44 no bairro de Laranjeiras. Cujo terreno fora doado pelo nosso Patrono Oscar Cox.
Localizado ao lado do Palácio Guanabara, moradia do Governador do estado do Rio de Janeiro cujo atualmente é o Sergio Cabral, mas já fora a residencia oficial do Presidente da Republica enquanto a cidade maravilhosa fora capital federal.
Dentro da nossa maravilhosa sede temos o nosso majestoso estádio cujo é um dos nossos maiores orgulhos, onde ganhamos diversos títulos, craques foram lançados para o futebol mundial. Várias estrelas pisaram aquele gramado enquanto vestiam o nosso manto sagrado e honraram as nossas cores e a nossa história enquanto ela era construída ainda mais com ais glórias e conquistas.
Vamos lá, por curiosidade a nossa primeira sede foi inaugurada no dia 17/10/1902, A instalação inicial do clube tinha como endereço a Rua Guanabara, a atual Pinheiro Machado, esquina com a Rua do Roso, a atual Coelho Netto. O Fluminense alugava o terreno do Banco da República por cem mil réis. Porém, a primeira opção dos fundadores do Fluminense, era um terreno na Rua Dona Mariana, mas a proposta foi recusada pelo proprietário.
Só um ano mais tarde o terreno foi nivelado. Na época, a máquina niveladora e a de cortar grama eram puxadas por um burro. Para preservar o trabalho já feito, o animal era sempre cuidadosamente calçado com luvas de veludo nas quatro patas.
Mais tarde o terreno foi comprado por Eduardo Guinle e imediatamente começaram as obras para a construção da sede. Antes ela era uma pequena casa branca que servia de moradia para o vigia. Após a instalação de água e banheiro, o Fluminense já pagava o dobro do aluguel.
Em 14 de Agosto de 1904, foi realizado o primeiro jogo interestadual no campo da Rua Guanabara, contra o Paulistano. Este foi o jogo inaugural da nova praça de esportes no Rio de Janeiro e a diretoria do Fluminense mandou construir uma pequena arquibancada de madeira para acomodar o público, cobrando os primeiros ingressos para um jogo de futebol. Além dos sócios do Fluminense e convidados presentes, foram 806 cartões passados pelos sócios e 190 entradas vendidas a não-sócios na bilheteria, com o ingresso custando 2$000 e uma renda apurada de 1:992$000.
Em 1905, Eduardo Guinle construiu, por sua conta, a primeira arquibancada em campos de futebol do Rio de Janeiro. Concluído este melhoramento, o aluguel triplicou novamente. Neste mesmo ano, mediante empréstimo feito entre os sócios, foi demolida a primeira sede e construída a segunda.
A inauguração da terceira sede, em 27 de julho de 1915, foi muito comemorada, culminando com um baile no rink de patinação, quando foi entoado o primeiro hino do Fluminense, de autoria de Paulo Coelho Netto.
Ainda em 1915, o presidente Cunha Freire construiu arquibancada privativa para os sócios e suas famílias. O plano de expansão foi completado com a construção de um novo rink, aquisição de mobiliários, instalação elétrica, aumento das arquibancadas e construção das gerais.
Em 1918, começam as reformas que vão dar origem à quarta sede do Fluminense. As obras terminam em 1920, sob presidência de Arnaldo Guinle, que contratou o arquiteto Hipolyto Pujol para projetar as dependências. Com vitrais franceses e lustre de cristal, o Salão Nobre se tornou palco de muitos shows, bailes, desfiles, óperas e balé. Ainda hoje é muito utilizado para festas, reuniões e gravação de filmes como Anos Dourados, Dona Flor e seus dois maridos, Villa Lobos, novelas e comerciais.
A sede é própria e hoje é tombada pelo Patrimônio Histórico.
Em 1961, a pedido da Prefeitura e do Governo Estadual, parte de seu terreno foi desapropriado pela Sursan para ampliação da Rua Pinheiro Machado - uma área de 1.084m², que culminou com a demolição de uma parte da arquibancada. O Governo indenizou o clube pela perda de seu patrimônio e o Fluminense prestava novamente à cidade um serviço relevante, mesmo tendo um enorme prejuizo esportivo com esta medida.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Nosso Patrono - Arnaldo Guinle
Agora por pedidos e por questão de lógica, irei falar sobre o nosso patrono, benemérito, e o maior presidente da história do Fluminense.
Arnaldo Guinle foi um dirigente esportivo do Fluminense Football Club. Promoveu grandes empreendimentos no clube, tendo por isso recebido o mais alto reconhecimento, o título de "patrono", aprovado em 17 de julho de 1920, em Assembléia Geral.
Admitido em 10 de outubro de 1902, foi o sócio de nº 48. Remido em 30 de maio de 1915e benemérito a 4 de janeiro de 1916, assumiu a presidência do clube em 18 de abril do mesmo ano, lá permanecendo até 1930, devido à renúncia de Joaquim da Cunha Freire Sobrinho.
Arnaldo se destacou por ter construído o primeiro estádio do Brasil para grande público. Construiu também a primeira piscina em clube de futebol do Brasil, o ginásio, a estande de tiro, o estádio de tênis, uma das mais bela sede de clube de futebol no Brasil, com instalação de vitrais franceses, lustre de cristal e pinturas art noveau. Também foi ele o maior responsável pela fundação do Iate Clube do Rio de Janeiro.
Deu apoio incondicional ao futebol do clube, que vivenciou seu primeiro tricampeonato. Criou ainda o Conselho Deliberativo, o primeiro em um clube esportivo no Brasil, e o Natal das crianças pobres.
Arnaldo foi um dos mais fortes participantes do movimento de implantação do profissionalismo no esporte carioca. Quase no fim de sua gestão, o Fluminense recebe a visita do Príncipe de Gales, mais tarde, a do Rei Eduardo VIII e do Príncipe Jorge. A comissão de festejos do Ministério do Exterior incumbiu o Fluminense de organizar uma partida de futebol em homenagem aos ilustres visitantes. Sob o patrocínio do Fluminense Football Club enfrentaram-se, em 6 de abril de 1931, os paulistas e cariocas, tendo sido o placar de 1 X 6.
Arnaldo Guinle retornou à presidência do clube no triênio 1943/1945, quando desenvolveu as reuniões sociais, conseguindo que o quadro social atingisse a marca dos 7.834 associados.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
O visionário que Iniciou tudo.
Vamos começar falando sobre um dos homens que começaram a nossa dinastia de vitórias e glorias. Oscar Alfredo Cox.
Um dos fundadores do Fluminense e o primeiro presidente, sua gestão inicio no dia 21 de julho de 1902 e terminou 31 de Dezembro de 1904.
Oscar era filho de George Emmanuel Cox, cidadão inglês nascido em Guayaquil, Equador, onde seu pai fora vice-cônsul da Inglaterra e Minervina Dutra Cox, tendo Oscar nascido no Largo dos Leões, no bairro de Humaitá, na cidade do Rio de Janeiro.
George Emmanuel Cox, pai de Oscar, foi um dos fundadores do Rio Cricket e Associação Atlética, clube da colônia inglesa de Niterói e segundo presidente deste clube (1898 - 1907).
Chegando ao Brasil em 1897 vindo de Laussane, na Suíça, onde estudara, Oscar Cox maturou por cinco anos sua idéia de formar um time de futebol, esporte quase desconhecido no Rio de Janeiro, que era nesta época fascinado pelo remo, praticado na Lagoa Rodrigo de Freitas e por outros esportes terrestres que não o futebol.
Ao voltar de Londres em 1901, onde fora passear, Oscar trouxe mais bolas e uma novidade, a grande área, criada naquele ano.
Em 21 de julho de 1902, no Rio de Janeiro era fundado o Fluminense Football Club. A reunião foi presidida por Manoel Rios e secretariada por Oscar Cox e Américo Couto.
Por proposta de João Carlos de Mello e Virgílio Leite, Oscar Alfredo Cox foi aclamado primeiro presidente do clube, assumindo então os trabalhos e passando Manoel Rios para secretário.
Como jogador, Oscar Cox foi campeão carioca em 1906 e 1908 atuando em quatro partidas.
Partiu para Londres, em 1910, definitivamente, tendo recebido no seu embarque uma mensagem de despedida, assinada por sócios do Fluminense.
Essa mensagem foi encontrada em seus pertences após sua morte, com o seguinte texto escrito por Cox: "Cresswell. In case of my death, send to Mario Pollo, secretary of Fluminense F. C. Rio de Janeiro" ("Cresswell. No caso de minha morte, enviar a Mário Pollo, secretário do Fluminense F. C. Rio de Janeiro"). Sua vontade foi atendida.
Após o seu falecimento, Oscar Cox teve seu corpo transladado para o Rio de Janeiro, sendo sepultado no cemitério de São João Baptista, Carneiro Perpétuo 2.068 - Quadra 38, no bairro de Botafogo em 21 de outubro de 1931.
Em 21 de Julho de 1952, nas comemorações do cinquentenário da fundação do Fluminense Football Club, no mausoléu de Oscar Cox foi inaugurada uma placa de bronze com a inscrição: Viver e não deixar uma instituição atrás de si não vale a pena viver.
Oscar Cox dirigiu a fundação do Fluminense Football Club, que, no seu Cinqüentenário, aqui grava sua gratidão e saudade.
Uma homenagem do então Presidente do clube, Fábio Carneiro de Mendonça.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
O Inicio de tudo.
Aqui começa o mais novo Blog feito por um torcedor e apaixonado pelo unico tricolor. O nosso Fluminense.
Eu venho aqui não para atacar ninguem, falar de politica ou apontar culpados pelo nosso momento ruim. Aqui espero lembrar o que temos de bom no nosso amado clube e que não deve ser esquecido, ao contrário, deve ser valorizado.
Espero agradar dando a todos vocês transparencia, com um conteúdo condizivel a nossa maior paixão.
Gostaria de Sugestões para uma próxima matéria. =D
ST.
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